Fado Amargura letra

Contemplo da janela a madrugada
Os carros vão varrendo as avenidas
Perfume de miséria adocicada
Que aos poucos embriaga as nossas vidas

Contemplo esta saudade rotineira
Manchando de vergonha toda a rua
A minha própria dor à cabeceira
Do tédio a que o meu corpo se habitua

E as pombas, guardiãs do cemitério
Em que a velha cidade se transforma
Com asas de mortalha e de mistério
Cinzeiro que do céu todo se entorna

Contemplo este compasso de quebranto
Entre a vida que passa e a que ficou
Contemplo esta amargura que hoje canto
Contemplo e já não sei dizer quem sou

Marco Oliveira - Letras

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• Bailado Das Folhas
• Bella
• Canção de Fé
• Canção do Medo
• Cantiga
• De Cada Noite Perdida
• Desenlace
• Disfarce (part. António Rocha)
• Elegia da Saudade I
• Elegia da Saudade II
• Eterna Namorada
• Fado À Janela
• Fado Amargura
• Fado Sem Ti
• Fuga
• Gaivotas Em Terra (part. João Barradas)
• História Sem Fim
• Jogo Das Recordações
• Minha Amada de Lisboa
• Nenhum de Nós
• No Embaraço da Corrente (Carta a José Mário Branco)
• Noite de Saudade
• Novembro
• O Bem do Mal
• Pena (Rua de Martim Vaz N. 2)
• Que É Feito da Mariquinhas?
• Rosa da Noite
• Rua da Saudade
• Tu Sabes Lá
• Valsa da Despedida